Por Rosângela
Trolles
Antigamente
os jornais tinham tanto conteúdo que ficávamos um dia inteiro para ler o jornal
todo. Hoje em dia, em uma hora já se leu o impresso de cabo a rabo. Ora que
decepção! não se lê mais participações especiais com assuntos polêmicos,
especialistas que tinham muito a acrescentar a determinado assunto ou até a
possibilidade de brincadeiras com o leitor fazendo troça dos amigos de fé do
jornal.
Há um tempo
voltei a assinar o jornal Folha de S. Paulo. Nossa, que diferença. O jornal
chega a ser mais triste pois já não há aquela quantidade de fotos coloridas de entrevistados
ou de ilustração de matérias e, ao invés disso, a publicação traz páginas
inteiras e sequenciais de publicidade de grandes lançamentos imobiliários ou
carrões novos.
Sinto que a
Folha já não é mais aquele fórum de diversidade de opiniões e a maioria de seus
colunistas escreve o mesmo do mesmo. Querem um exemplo? Um de seus colunistas
(Demétrio Magnoli) escreveu sobre a polêmica disciplina do professor Luis Felipe Miguel da UnB
sobre “o golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”, mas o colunista
interpretou a cadeira como marketing do PT, o que é lamentável.
Leio também
o jornal O Globo aos domingos. Este então é a voz da mesmice nacional. Seus
editores e colunistas escrevem do ponto de vista mais retrógrado possível
implantando uma opinião pública reacionária.
Sendo o maior jornal carioca, imprime uma má consciência sobre os
eventos que são considerados sempre do ponto de vista de uma elite corrupta e
abusiva que tomou conta do cenário nacional.
Zero Hora,
Estadão, O Dia e o recém chegado Jornal do Brasil não fazem frente a estes dois
carros chefes nacionais Folha de S.Paulo e O Globo e vemos como estamos aquém
no quesito publicações de periódicos que deveriam ser ainda importantes pois
não é 100% da população que pode contar com os acessos online.
Fora isto
fica aquela nostalgia dos cadernos literários e suplementos especiais além da forte
opinião de especialistas e editores ousados para dar paladar aos impressos que
folheamos com tanto gosto e com vontade e fôlego intelectual de mergulhar nos assuntos
que nos movem.
Comentários
Postar um comentário