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Armas para quê?


Nós podemos por fim à violência armada

Por Rosângela Trolles

Paul McCartney, músico famoso da banda Beatles, perdeu seu amigo John Lennon assassinado por um atirador solitário. Para protestar, ele esteve presente na marcha em Washington por restrições ao porte de armas. O evento reuniu 800 mil pessoas na capital dos EUA no sábado 24 de março além dos mais outros 800 atos em cidades americanas e do exterior como Berlim, Paris, Tóquio e Sydney.

Aqui no Brasil, na contramão da história, crescem as milícias armadas e campanhas pelo armamento particular, assustando a população que já não aguenta mais a insegurança pública. Recentemente, no dia 27 de março, a caravana pelo Sul do ex-presidente Lula foi atacada na altura do Paraná por pessoas armadas que acertaram quatro tiros em dois ônibus. Estes transportavam a comitiva do ex-presidente com imprensa local e internacional e correligionários.  

O alvo era Lula que estava em outro veículo. Grupos identificados como seguidores de Bolsonaro e ruralistas foram identificados pelo site Plantão Brasil como os responsáveis pelo atentado que poderia ter matado não só o ex-presidente como qualquer um de seus amigos.

Segundo o site, mas não confirmado pela ampla imprensa, os responsáveis foram Rafael Leonardo Link e José Link da milícia de Bolsonaro em Palma Sola (SC) e Luiz Henrique Crestani filiado ao PP de Palma Sola (SC) ruralista e empresário do grupo Cresani. Para deputados do PT , aqueles que vêm agredindo a caravana foram parabenizados pela senadora Ana Amélia Lemos em discurso na pré-convenção do PP no Rio Grande do Sul no sábado 24 de março.

A situação beira a guerra civil e por isto a ex-presidente Dilma Rousseff declarou que “temos que denunciar estes fascistas, esse pessoal de extrema-direita, que não têm pudor de agredir quem pensa diferente deles”.

Enquanto no país cresce a bancada da bala, nos EUA, país que permite o acesso às armas, estão fazendo a mea culpa diante de tantos massacres como o da Florida em que 17 pessoas morreram em fevereiro de 2018. Lá o alvo agora é o banimento dos fuzis automáticos pelo que pedem o engajamento dos jovens pelo voto.

“Vote para tirá-los” diz o bordão americano que quer que legisladores assumam o compromisso com o controle de armas no país. Na marcha de Washington discursos e cartazes pediram o fim da venda de fuzis automáticos como a AR-15 e fizeram a crítica aos políticos financiados pela NRA (Associação Nacional do Rifle), lobby pró-armas.

Os jovens que compareceram em massa a manifestação disseram que “isso não é um golpe publicitário, ou apenas um dia, um evento. É um movimento”. Mas no Brasil vemos uma juventude esquecida de ideais pacifistas e iludidos com o armamento fomentado por deputados como Bolsonaro (PSL) e outros de nosso Congresso.

Esperamos que os últimos eventos sirvam como um alerta e que possamos ter o alívio de um desarmamento da população antes que mais acidentes ocorram.

 

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