O dia do
trabalhador já foi comemorado mais efusivamente. Teve até bomba. Foi o episódio
do atentado do Riocentro na noite de 30 de abril de 1981 quando ali se
comemorava o dia do trabalhador em plena ditadura militar.
Ali, bombas
foram levadas para o evento da noite por um sargento e um capitão do exército. Uma
das bombas explodiu no carro onde estavam os militares matando o sargento e
ferindo o capitão.
Na tentativa
de encobrir o fracasso da operação o Serviço Nacional de Informação - SNI – culpou
as organizações de esquerda, quase extintas, pelo ataque. Mas tudo não passou
de setores mais radicais do governo promovendo uma carnificina para convencer
setores mais moderados a uma nova onda de repressão. A intenção era paralisar a
lenta abertura que estava em andamento.
Hoje vivendo
o país do golpe de 2016 e o governo ilegítimo com a cartilha neoliberal em
curso, vivemos uma total apatia para o dia do trabalhador. Sendo que o pior
golpe para estes foi a reforma trabalhista que executa a perda de direitos dos
trabalhadores.
Mas muita
coisa ainda pode piorar. Temos a reforma previdenciária que ainda não foi
aceita e que este governo Temer insiste em fazer passar. Temos toda uma estrutura
empregatícia em crise com 14 milhões de desempregados que não conseguem uma
colocação no mercado de trabalho embora estejam em idade produtiva. E temos
novas formas de concentração de renda graças aos novos meios de produção
informatizados.
Neste ano
eleitoral precisamos nos concentrar em fortalecer as plataformas políticas para
uma gestão futura que atenda as demandas sociais. Precisamos manter os serviços construídos para
atender a população como o SUS, criado na Constituição de 1988, e promover
nossa Carta Magna para que o país não se torne uma “bomba” deixando-nos num
estado desgovernado.
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