Por Rosângela
Trolles
O Dia das Mães
na cidade de Suzano na Grande São Paulo foi marcante. Na frente da porta da
escola com sua filha de 7 anos, uma policial militar reagiu a uma tentativa de assalto.
Era o sábado 12 de maio, véspera da celebração, e várias famílias estavam
aguardando uma festa.
Entre as mães
em frente do estabelecimento estava a cabo Katia da Silva Sastre, 42, que agiu
rápido e atirou três vezes quando Elivelton Neves Moreira, 21, anunciou um
assalto de arma em punho. A quase tragédia aconteceu às 8h da manhã levando as
crianças a pânico.
Baleado pela
PM que estava em seu dia de folga, o assaltante foi levado à Santa Casa da cidade,
mas morreu. Ele havia sido ferido no peito e na perna, quando caiu no chão, soltando
sua arma. A PM foi até ele e o desarmou.
A arma do
suspeito havia disparado uma vez, mas o tiro ricocheteou e se perdeu. Na
segunda tentativa dele, a arma travou. A
cabo então foi mais rápida ao render o assassino, livrando-se também de ser
morta pelo agravante de ser uma policial.
O marido da
cabo, o tenente André Alves, afirma que a mulher está bem. “Ela está tranquila e
sabe que agiu de forma correta”. Muito pode se falar do ocorrido. É claro que
as pessoas pensam na autodefesa, mas será que se não se tratasse de uma
policial teríamos este desfecho?
Acredito que
armar a população não seja a solução para a segurança e é certo que precisamos
de mais policiamento em locais públicos. Ter pessoas que são treinadas para
lidar com armas é fundamental para garantir nossa integridade.
Os problemas
da violência irrestrita é muito complexo e ficamos todos abismados com casos
como o do assalto a porta de escola de Suzano. Quando que mães e crianças podem
ter sua paz restabelecida nos dias conturbados em que vivemos?
Precisamos
de mais policiamento, forças policiais autônomas como instituição e coordenadas
como entidades de defesa do cidadão. Policiais
treinados e bem remunerados. Equipamentos em bom estado de funcionamento. Investir
em uma polícia livre de corrupção e adequada a servir a população. Só assim
poderemos andar em proteção nas cidades atuais sem precisar de atos de heroísmo
como o da mãe de Suzano.
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